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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

O QUE É EPILEPSIA?

         A Epilepsia é um distúrbio na atividade elétrica do cérebro, é como se o nosso cérebro tivesse vários fios (neurotransmissores) e quando um produz uma atividade intensa e esbarra no outro entra em curto circuito, ou seja, ocorre as convulsões com pequenos espasmos ou com perda total da consciência, fazendo com que a pessoa saia ''fora do ar''. Mas ter uma convulsão isolada, pode não ser epilepsia, só é epilepsia quando existem convulsões recorrentes e que não estão relacionadas a febres.

*A revisão mais recente das classificações e terminologia da epilepsia, aprovadas em 2001 pela International League Against Epilepsy (ILAE) divide os tipos de crises em:
• auto-limitadas: as que terminam de modo espontâneo após um período relativamente curto, ou seja, de um a cinco minutos,
• contínuas: tradicionalmente definidas como as que se prolongam por mais de 30 minutos.
A ILAE divide ainda as crises auto-limitadas em duas categorias principais, em função da região do seu desenvolvimento:
• crises parciais: têm origem numa área específica do cérebro, não sendo, necessariamente, uma área pequena,
crises generalizadas: a origem das crises envolve, simultaneamente, os dois hemisférios do cérebro.
Quando a origem da crise ocorre numa zona circunscrita e, posteriormente, abrange todo o cérebro, designa-se por crise parcial com generalização secundária.

Habitualmente, as crises parciais subdividem-se ainda em:
• parciais simples: quando não ocorre perturbação da consciência,
• parciais complexas: quando ocorre perda ou perturbação da consciência.
As crises generalizadas incluem:
• ausências ou crises de pequeno mal: caracterizam-se por um lapso súbito de resposta tão fugaz (normalmente inferior a 10 segundos), que as pessoas em redor nem se apercebem da alteração,
• crises mioclónicas: caracterizam-se por contrações musculares súbitas e curtas, provocando um ou mais abalos que perduram durante três a 10 segundos. Estão freqüentemente associadas a perturbações metabólicas, doenças degenerativas do sistema nervoso ou a lesão cerebral devido à falta de oxigênio,
• crises atônicas: caracterizam-se por perda súbita do tônus muscular, com a duração habitual de um a dois segundos. Se forem de curta duração provocam apenas movimentos aversivos da cabeça, se foram mais demoradas originam a queda do doente,
• crises tónico-clónicas ou crises de grande mal: representam 23% de todas as crises e caracterizam-se por contrações intensas e repetitivas do corpo que podem durar até dois minutos.
       O início é geralmente abrupto. O doente torna-se mais rígido e cai no chão com os maxilares apertados (podendo morder a língua), perde o controlo da bexiga e/ou dos intestinos e a pele pode adquirir uma cor azulada devido à falta de oxigênio.
      Durante a fase crônica, os músculos contraem-se e relaxam repetidamente, originando movimentos de abalos nas extremidades.
      Gradualmente o doente recupera a consciência, mas para se sentir confuso, sonolento, com dores de cabeça e musculares.

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